CALOR E O TRABALHO

Nos últimos dias, as temperaturas têm ficado mais elevadas e têm trazido consequências negativas para o trabalho. O calor excessivo é um dos grandes vilões da produtividade, influenciando diretamente no desempenho dos trabalhadores.

O corpo humano troca calor com o ambiente a partir de 4 formas: evaporação (suor), condução (contato com outras superfícies), convecção (vento), radiação (onda infravermelho que é produzida a partir do calor gerado pelo corpo). Quando a temperatura externa ultrapassa a interna, ou seja, maior que 37ºC, se reduz a perda de calor para o ambiente e os mecanismos manutenção do equilíbrio térmico do indivíduo começam a falhar, podendo ocorrer alguns danos à saúde como a desidratação, insolação, exaustão térmica, erupções cutâneas, cãibras e problemas cardiocirculatórios predispondo a desmaios e até um infarto ou AVC. Outras consequências seriam mentais como irritabilidade, agressividade, redução da velocidade de raciocínio e distração que são responsáveis pela redução da produtividade.

– Fornecer mais líquidos e orientar os trabalhadores a aumentarem a sua ingestão, sendo, no mínimo, 2 litros ao dia;

– Investir em ventiladores, circuladores de ar ou ar-condicionado a depender da situação;

– Fornecer uniformes mais frescos;

– Fornecer EPI’s às atividades com exposição ao calor;

– Proporcionar local de descanso fresco e com proteção da radiação solar direta, principalmente para as atividades que necessitam ficar expostas ao sol ou em ambientes muito quentes;

– Proporcionar tempo de descanso adequado após um período de trabalho. Tal intervalo é descrito no anexo 3 da NR-15 e tem como base o tipo de atividade desempenhada (leve, moderada, pesada) e a temperatura local (cálculo IBUTG).